segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Mais um.. dessa vez dedicado a todas as mocinhas lindas

To get engaged...existem expressões que me caem muito melhor no inglês do que no português. não que eu não seja apaixonada por este idioma, mas, neste caso em especial, o inglês consegue dar melhor tom ao significado deste momento.

algo que achei muito legal foi a reação quase que unânime de todos que me encontraram nestes últimos dias: "mas já?! você é tão nova!" aí logo pensei: "poxa! como eu gostaria de poder contar o por quê de ser assim." é lógico que uma conversa como esta merece uma longa tarde entre xícaras de café e cookies em uma boa cafeteria. mas estas palavras podem vir por aqui mesmo, pra quem eu não conseguiria proporcionar isto.

pra começar, é óbvio que não estou grávida (hehe. vai saber, né? hoje em dia...) segundo, não é tanto pela cerimônia ou festa em si. não é por um dia em que eu possa usar um vestido branco e, aparentemente, transformar todas as minhas vontades em pequenos detalhes de um evento. vai além disso. vai muito além de assinar um contrato ou de dizer "sim" em frente a maior parte das pessoas mais importantes que me acompanharam até aquele momento. não é por que encontrei o meu "principe encantado" e estou perdidamente apaixonada por ele, sem conseguir raciocinar direito (por mais que eu esteja perdidamente apaixonada e o ache um principe hihi). não é por que não conseguiria viver sozinha.

noivar, pra mim, é uma opção de me engajar na construção da felicidade na vida de outra pessoa. é dizer que estou engajada em uma jornada de tornar outra pessoa feliz. mesmo sabendo que este caminho muitas vezes irá passar por eu mesma não estar feliz.

esses dias, vendo "Bones" ouvi um diálogo muito bacana. Era entre a própria Bones e um japa que tinha acabado de perder a irmã em um assassinato. ela o perguntava se valia mesmo a pena ter a sua felicidade tão atrelada a felicidade de outra pessoa. ele respondeu tão prontamente... "se eu seria capaz de dar a minha vida por uma pessoa, por que não trocaria a minha felicidade pela dela?"

tá aí.

noivar é conjugar um futuro no qual o "eu" se torna um "nós". e casar, neste esquema, não é fácil. ainda mais em uma sociedade em que o indivíduo é o sujeito de sua felicidade e não se fala mais nisso. o produto disso é a quantidade de divórcios e a degeneração do termo família. quando se vê de perto, o maior motivo é o fato de que "um quer uma coisa e o outro quer outra, então ponto, não tem mais jeito."

de fato, somente querer fazer um casamento funcionar não é o bastante. casamento é juntar duas culturas, duas personalidades, dois temperamentos, dois modos de dormir na cama, de organizar as roupas no armário e de escovar os dentes. é juntar tudo que é completamente diferente e querer que isso se torne uma coisa só. é mais do que lógico que sai faísca, e muita!

mas é justamente essa antítese que faz ou florescer o amor, ou queimar a última esperança.

é nesse conjugar de valores, idéias, jeitos que aprendemos que não somos o centro do universo e que alguém sempre tem que ceder. aí entra o amor. não esse amor piegas que se diz a torto e a direita. mas um amor que se consolida em meio às fraquezas e limitações do outro e que faz com que o ceder seja como uma partida de frescobol, na qual o objetivo comum é não deixar a bola cair. pena que muitos entram em casamentos como se estivessem em lados opostos de uma partida de tênis, não vendo a hora do outro pisar na bola pra poder ganhar.

é um desafio e tanto transformar a tão almejada felicidade de hoje em dia em objeto a ser conjugado por outra pessoa que não você mesmo.

mas, enfim, agora que eu já esclareci alguns dos fundamentos sobre os quais tomei essa decisão tão importante, vamos à resposta da primeira pergunta: "mas já?"

sim, já. não por me sentir capaz ou mesmo pronta. mas por que encontrei alguém em quem valha a pena investir minha vida e a quem posso confiar minha felicidade. pode ser que, pra muitos, isso pareça difícil demais de digerir. investir sua vida na vida de outra pessoa? simplesmente abrir mão de sua própria realização para se preocupar mais com a felicidade de outro?

calma, deixei o mais importante para o final.
só posso confiar minha felicidade a alguém por que um dia já encontrei uma fonte inesgotável de alegria e paz. assim como o paulo, a quem tenho escolhido amar. só podemos nos propor a isso, desta maneira, por que estamos sendo ensinados a amar. assim, podemos assumir esse compromisso um com o outro tendo plena consciência de que não seremos capazes de cumpri-lo. (isso mesmo! você leu direito.) nós não seremos capazes a não ser que o que nos mova e capacite seja a graça do nosso Pai.

gosto de pensar que, se quisermos começar essa caminhada sozinhos, seremos sempre dois. dois pensamentos diferentes que querem trilhar dois caminhos diferentes e não abrem mão disso. mas se optarmos por caminhar a três, só assim, poderemos ser um.
e, ao descobrirmos juntos o caminho da maturidade, nos depararemos com a felicidade.

Fonte:
http://petiscares.blogspot.com/search?updated-max=2010-08-23T22%3A51%3A00-03%3A00&max-results=7

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